10.2.15

Tentação Sem Limites - Capítulo 10 MARATONA

Oi! Tudo bom? Dando continuidade a maratona, aq está! N postei antes de ir p aula pq n tinha 8 comentarios! 8 para o próximo? Beijos, amo vcs ♥
Bruna

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DEMI

Bethy estendeu o braço e apertou a minha mão. Estava parada de pé ao meu lado, enquanto eu esperava pelo médico na mesa de exame. Havia feito xixi num copinho e agora estávamos esperando o resultado oficial. Meu coração estava acelerado. Existia uma remota possibilidade de eu não estar grávida. Procurando no Google na noite anterior, descobri que os testes de gravidez de farmácia podiam dar errado e eu poderia estar enjoando porque a minha cabeça achava que eu estava grávida. A porta se abriu e uma enfermeira entrou na sala.

Ela estava sorrindo ao olhar para Bethy e para mim.

– Parabéns. O resultado é positivo. Você está grávida.

A mão de Bethy apertou a minha com mais força. Eu sabia disso no fundo, mas o simples fato de ouvir a enfermeira falando tornou a situação mais real. Eu não iria chorar. Meu bebê não precisava saber que eu havia chorado quando descobri que estava grávida. Queria que ele se sentisse sempre amado.

Não era uma coisa ruim. Não poderia ser ruim. Eu precisava de uma família. Logo teria uma de novo. Alguém que me amaria incondicionalmente.

– O médico virá conferir algumas coisas em poucos minutos. Precisamos de amostras de sangue também. Você tem tido cólicas ou sangramento?

– Não. Só sinto muito enjoo. Cheiros acabam comigo – expliquei.

A enfermeira fez algumas anotações na prancheta.

– Pode não parecer, mas isso é uma coisa boa. Ficar enjoada é bom.

Bethy riu.

– Você não a viu tendo ânsia de vômito. Não tem nada de bom naquilo.

A enfermeira sorriu.

– É, eu me lembro desses dias. Isso é engraçado. – Ela então olhou para mim.

– O pai vai participar?

Vai? Eu poderia contar a ele? Balancei a cabeça.

– Não, acho que não.

O sorriso triste que a enfermeira abriu enquanto assentia e fazia mais uma anotação na prancheta deixou claro que aquela situação era bem frequente.

– Você estava usando algum anticoncepcional quando engravidou? Pílula? – perguntou a enfermeira.

Não olhei para Bethy. Talvez eu não a quisesse ali, anal. Balancei a cabeça. A enfermeira levantou as sobrancelhas.

– Nada? – perguntou ela.

– Não, nada. Quer dizer, nós usamos camisinha umas duas vezes, mas houve outras vezes em que não usamos. Ele tirou antes uma vez... mas uma vez, não.

Bethy ficou tensa ao meu lado. Sabia o que ela estava pensando. Como eu podia ter sido tão burra? Esse era um fato que eu havia deixado de fora da história.

– Está bem. O médico vai falar com você em breve – disse ela, saindo da sala.

Bethy sacudiu o meu braço, obrigando-me a olhar para ela.

– Ele não usou camisinha? Ele é louco? Caramba! Ele devia ter pensado em perguntar se você estava grávida. Que idiota. Eu estava aqui sentindo pena dele por não saber que vai ser pai, mas ele não usou uma droga de uma camisinha. Ele devia ter procurado você quatro semanas depois, para ter certeza de que você não estava grávida. Que idiota.

Bethy estava andando de um lado para outro na minha frente. Eu só a observava. O que eu podia dizer em relação a tudo aquilo? Eu estava tão errada quanto ele. Tinha sido eu que tirara a roupa, subira em cima dele e trepara feito louca naquela noite. Ele era homem e a última coisa que passou pela sua cabeça naquele momento foi parar e botar uma camisinha. Eu não lhe dera muito tempo para pensar. Mas eu não iria dividir os detalhes da minha vida sexual com a Bethy. Então fiquei de boca fechada.

– Ele merece isso. Ele devia ter procurado você. Não conte àquele idiota. Se ele acha que pode fazer sexo sem proteção, por mim, pode viver na ignorância.

Vou estar ao seu lado. Você e eu. Nós vamos dar conta disso.

Bethy parecia pronta para dominar o mundo naquele momento. Isso me fez sorrir. Eu não estaria em Rosemary quando o bebê nascesse. Gostaria de poder estar. Queria que o meu bebê tivesse mais alguém para amá-lo. Bethy daria uma excelente tia. Essa ideia me deixou triste. Meu sorriso desapareceu.

– Desculpe. Eu não queria chatear você – disse Bethy, soltando as mãos da cintura com um olhar preocupado no rosto.

– Não. Você não me deixou chateada. Eu só gostaria... gostaria de não precisar ir embora. Quero que o meu bebê conheça você.

Bethy se aproximou, passou os braços pelos meus ombros e me abraçou.

– Você vai me dizer o seu endereço e vou visitar vocês o tempo todo. Ou então você poderia car morando comigo. Quando o bebê nascer, Joe provavelmente não vai estar mais aqui. Ele não ca em Rosemary depois do verão. Teremos tempo de instalar vocês dois antes de ele voltar. Pense nisso.

Não se preocupe com qualquer decisão definitiva agora.

Joe iria embora? Ele desistiria de mim e iria embora de Rosemary? Ou caria? Meu coração doía de pensar nele me deixando. Por mais que eu soubesse que não daria certo, queria que ele brigasse por mim. Queria que ele encontrasse alguma forma de ficarmos juntos, mesmo sabendo que era impossível.

Duas horas mais tarde, estávamos de volta ao apartamento de Bethy e eu estava com vitaminas pré-natais e diversos panfletos sobre como ter uma gravidez saudável. Guardei tudo na minha mala. Precisava de um banho quente e um cochilo.

Bethy bateu uma vez na porta do banheiro e entrou. Ela estava segurando o telefone na mão e sorrindo feito uma idiota.

– Você não vai acreditar nisso. – Ela fez uma pausa e balançou a cabeça, como se ainda não estivesse acreditando. – Woods acabou de me ligar. Ele disse que o apartamento no condomínio é nosso pelo mesmo preço que estou pagando por este apartamento aqui. Ele disse que é como um benefício, já que ter duas funcionárias morando no clube vai ser útil. E pediu para avisar que nós duas ficaremos sem emprego se não aceitarmos a oferta dele.

Sentei sobre a tampa fechada da privada e olhei fixamente para ela. Ele estava fazendo isso porque eu estava grávida. Era seu jeito de ajudar. Queria gritar com ele e abraçá-lo ao mesmo tempo. Senti os meus olhos se enchendo de lágrimas.

– Ele ainda está no telefone? – perguntei, quando percebi que Bethy ainda segurava o aparelho perto da orelha.

– Não, é o Jace. Ele disse que tem a ver com você. Você não está... saindo com ele ou coisa parecida, está? – perguntou ela lentamente. Jace deve ter perguntado isso. Ela fez a pergunta como se não acreditasse no que estava dizendo.

– Pode colocar o telefone no mudo? – pedi, falando baixinho.

Ela arregalou os olhos e concordou. Depois de passar o telefone para o mudo, ela me encarou como se não estivesse me reconhecendo. O que ela achava?

Que estava dando em cima do Woods grávida de Joe? Claro que não.

– Bethy, ele sabe. Woods sabe.

Ela se deu conta do que estava acontecendo e ficou de queixo caído.

– Como? – perguntou.

– Ele me escalou para o turno do café da manhã no restaurante. A cozinha... estava com cheiro de bacon.

– Ahhh! – exclamou Bethy e assentiu.

Havia entendido. Tirou o telefone do mudo.

– Não tem nada acontecendo com o Woods e a Demi. Ele só ficou amigo dela e quer ajudar. Só isso.

Bethy revirou os olhos para alguma coisa que Jace disse, chamou-o de louco e desligou.

– Certo, então ele sabe que você está grávida e vai nos entregar um apartamento no condomínio por quase nada? Tipo, é a melhor coisa do mundo. Espere até ver esse lugar. Se ele nos deixar ficar lá depois que o bebê nascer, o seu quarto vai ter espaço suficiente para um berço! É perfeito.

Eu não podia pensar tão adiante. Naquele momento, só precisava ir atrás de Woods para conversar com ele. Se eu fosse embora em quatro meses, não queria que Bethy perdesse esse negócio.

Precisava garantir isso antes que ela ficasse empolgada demais.


JOE

Jace me ligou para contar que as meninas estavam se mudando para o clube hoje. Eu não tinha visto Demi desde o incidente no campo de golfe. Não por falta de tentativa. Tentei cruzar com ela no clube várias vezes, mas nunca consegui. Eu tinha, inclusive, passado lá ontem, mas Darla dissera que Bethy e ela estavam de folga e eu supus que as duas tivessem ido fazer alguma coisa juntas.

Parei no apartamento de Bethy e, logo de cara, notei o carro de Woods. Que merda ele estava fazendo ali? Abri a porta do carro com força e andei até a porta do apartamento, quando ouvi a voz de Demi. Virei na direção do carro de Woods até que o vi encostado no muro ao lado do qual ele havia estacionado, prestando atenção em Demi com um sorriso nos lábios.

Um sorriso que eu estava prestes a arrancar dele.

– Se você tem certeza disso, então eu agradeço – disse Demi baixinho, como se não quisesse que ninguém a escutasse.

– Absoluta – respondeu Woods erguendo os olhos para mim. O sorriso no rosto dele desapareceu.

Demi virou a cabeça para olhar por cima do ombro. A surpresa no rosto dela quando o seu olhar cruzou com o meu foi dolorosa. Talvez eu não devesse estar ali naquele momento. Não queria pirar e assustá-la, mas eu estava bem perto de ter um ataque de fúria. Por que os dois estavam conversando a sós? Do que ele tinha certeza absoluta?

– Joe? – disse Demi, afastando-se de Woods e vindo na minha direção. – O que você está fazendo aqui?

Woods riu, balançou a cabeça e abriu a porta do carro.

– Tenho certeza de que ele veio ajudar. Vou embora antes que ele desconte essa raiva toda em mim.

Ele estava indo embora. Ótimo.

– Você veio nos ajudar com a mudança? – perguntou ela, observando-me cuidadosamente.

– É, vim – respondi.

A tensão se dissipou assim que a BMW de Woods foi embora.

– Como ficou sabendo que estávamos nos mudando?

– Jace me ligou – respondi.

Ela se mexeu com nervosismo. Detestava deixá-la nervosa.

– Eu queria ajudar, Demi. Sinto muito pela Nan no outro dia. Conversei com ela. Ela não vai mais...

– Não se preocupe com isso. Você não precisa se desculpar por ela. Não o responsabilizo por isso. Eu entendo.

Não, ela não entendia. Eu podia ver nos olhos dela que não. Estendi o braço e segurei a mão dela. Só precisava tocá-la de alguma maneira. Ela estremeceu quando os meus dedos roçaram na palma da sua mão. E mordeu o lábio inferior do jeito que eu queria morder.

– Demi – falei e parei porque não sabia ao certo o que mais dizer. A verdade era demais agora.

Ela levantou o olhar das nossas mãos e vi o seu desejo ali. Mesmo? Eu estava sonhando ou ela estava... estava mesmo? Deslizei um dedo pela palma da mão dela e acariciei a parte interna de seu pulso. Ela estremeceu de novo. Puta merda. Meu toque havia mexido com ela. Continuei me aproximando e deslizei a mão lentamente pelo seu braço. Estava prevendo o instante em que ela me afastaria e aumentaria a distância entre nós, como eu esperava que fizesse.

Quando havia subido o bastante, meu polegar roçou na lateral do seio dela, e ela agarrou o meu outro braço ao estremecer. Que porra era aquela?

– Demi – sussurrei, empurrando-a para trás até ela estar encostada no muro de tijolos do prédio com o meu peito a poucos centímetros do seu.

Ela não me afastou e as suas pálpebras pareciam pesadas enquanto ela olhava fixamente para o meu peito. Estava com a respiração pesada. O decote do vestidinho cor-de-rosa estava bem embaixo do meu nariz. Subindo e descendo como se fizesse um convite. Um convite impossível. Alguma coisa estava errada ali.

Pus a outra mão na cintura dela e a deslizei lentamente pelo seu corpo até ficar com o outro polegar embaixo do seio dela. Ela não estava usando sutiã. Estava com os mamilos duros e rígidos, aparecendo por trás do tecido no do vestido. Não consegui me conter. Pus a mão sobre o seio direito dela e o apertei gentilmente. Demi deu um pequeno gemido e os seus joelhos estremeceram.

Ela havia apoiado a cabeça no muro e fechado os olhos. Eu a segurei firme e passei a perna entre as suas, para evitar que ela caísse no chão.

Com a outra mão, cobri o seio esquerdo dela e acariciei o seu mamilos com o meu polegar.

– Ah, meu Deus, Joe – gemeu ela, abrindo os olhos e me encarando através dos cílios abaixados.

Puta que pariu. Eu estava em uma mistura de tortura e paraíso. Se fosse outro sonho, eu ficaria furioso, mas parecia real demais.

– Isso tá gostoso, gata? – perguntei, abaixando a cabeça para sussurrar no seu ouvido.

– Sim... – suspirou ela, jogando ainda mais peso sobre o meu joelho. Quando senti o calor dela fazendo pressão na minha perna, ela arfou e agarrou os meus braços com mais força. – Ahhhh.

Eu ia gozar nas calças. Nunca havia sentido tanto tesão na vida.

Alguma coisa estava diferente. Aquilo não era como antes. Ela estava quase desesperada. Podia sentir o medo dela, mas a sua necessidade era mais forte.

– Demi, me diga o que você quer que eu faça. Eu faço qualquer coisa que você quiser – prometi, beijando a pele macia embaixo da sua orelha.

O cheiro dela era tão bom! Apertei os seus seios e ela soltou um gemido suplicante. Minha doce Demi estava incrivelmente excitada. E era real. Não era uma porra de um sonho. Puta que pariu.

– Demi!

O chamado agudo da voz de Bethy foi como um balde de água gelada atirado sobre ela. Demi se endireitou e afastou-se de mim. Não conseguia me encarar.

– Eu… hum… eu sinto muito. Eu não sei...

Ela balançou a cabeça e saiu correndo. Fiquei olhando até ela chegar à porta, onde Bethy falou com ela com firmeza. Demi assentiu. Depois que as duas entraram, bati com as duas mãos no muro de tijolos e resmunguei um monte de palavrões enquanto tentava controlar a minha ereção.

Depois de alguns minutos, a porta se abriu de novo e eu me virei para ver Jace saindo. Ele olhou para mim e soltou um assovio baixo.

– Caramba, cara, você é rápido.

Nem respondi. Ele não sabia o que estava falando. Demi queria o meu toque. Ela não tinha me repelido. Estava quase implorando por mim em silêncio. Não fazia sentido, mas ela me queria. E Deus sabe quanto eu a queria. Sempre a quis.

– Vamos lá. Temos um sofá para carregar. Preciso da sua ajuda – chamou Jace, enquanto segurava a porta aberta.

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